sexta-feira, 10 de junho de 2011

Dia das mães

É difícil acreditar que aquele que deveria amá-la é o mesmo que agride.



JUSTIFICATIVA

Mulheres de todas as idades, etnias e classes sociais sofrem a violência doméstica, ocasionando graves conseqüências sociais e emocionais. A violência é uma maneira de expressão de poder exercido pelo violentador para mantê-la acuada e dominada.
Acreditando que a informação, o conhecimento de causa ,é um meio de tornar a mulher livre para buscar igualdade em todos os espaços sociais e torná-las, principalmente, livres de toda violência, viabilizamos esse Seminário.

OBJETIVOS:

  • Informar às mães CROM sobre a Lei Maria da Penha, nº 11.340/06

  • Conscientizar as mulheres/mães para que elas não se submetam a discriminação, agressões e violência, tanto de caraterfísico, patrimonial, psicologico e, principalmente, sexual;

PROGRAMAÇÃO

*Abertura (18h): Raquel Oliveira- aluna da 7ª série e Fabiana Silva – Diretora da Unidade Escolar

*Peça Teatral (18h e 20 min): Marias, encenada por alunos de 5ª a 8ª séries

Direção da peça: Mônica Bacelar e Daisy Soares

*Palestra (18h e 40 min): Lei Maria da Penha, nº 11.340/06

Profª Hilda Requião, Presidente do Conselho Municipal da Mulher -Miguel Calmon

*Exposição Artística dos alunos do CROM

*Lanche


Durante todo o evento haverá sorteios de brindes para as mães.

PÚBLICO ALVO
Mães, pais, responsáveis e demais interessados.

LOCAL
Pátio do Colégio Ronan Oliveira Mota.




Peça Teatral - Marias


Enredo: Mulher chamada Maria, mãe de 2 filhos sofre agressões físicas de seu marido. Ela procura ajuda com uma amiga e consegue resolver o problema.

Direção: Daisy e Mônica

Elenco:

Narrador: Vânessa
Maria: Raquel
José [esposo]: Matatias
Mariana [filha]: Sabrina
Pedro [filho]: Edézio
Joana [amiga]: Joana Cássia
Policial: Gilmar

Cena 1: Mãe arrumando a mesa para o jantar

Narrador: Maria era uma mulher simples, que vivia no interior. Dona de casa, era casada e tinha dois filhos. O marido pouco ficava em casa. Desempregado, ele saía e sempre voltava bêbado para casa. Mas não eram só esses os problemas que Maria tinha que enfrentar...

Maria: Filhos! Venham jantar! Está pronto!
[os filhos entram em cena]

Pedro: Mãe, o que tem pra comer hoje? Eu não gosto dessa comida.

Maria: Não reclame, Pedro. Você sabe que seu pai ainda não conseguiu emprego e o que ganho costurando quase não dá pra manter essa casa...

Mariana: E por falar no papai, cadê ele?

Pedro: Deve ta enchendo a cara em algum bar!

Maria: Pedro, não fale assim do seu pai, você sabe que ele chega irritado, comam que eu vou esperar por ele.

[Os filhos comem, pouco depois...]

Maria: O pai de vocês está demorando. Dêem uma saída e procurem ele aqui nas redondezas, estou preocupada.

Filhos: Está bem!

[Os filhos saem e logo após o pai chega sozinho bêbado]

Cena 2: Marido chega em casa
José: [gritando com a mulher – fala embolada] Mulher! Cadê minha comida?

Maria: [Aparentando medo] Calma, querido, já esta pronto! Aqui, pode comer...

[Serve o marido e continua]

Maria: Ainda há pouco mandei as crianças lhe procurarem

José: Só tem essa comida?

Maria: Sim, querido. A situação continua difícil, você ainda não conseguiu nada.

José: [Levantando-se alterado] Você está colocando a culpa em mim? Você acha que eu não faço nada não é?

Maria: [Segurando as mãos dele] Calma! Eu não disse isso.

José: [empurra a mulher enquanto fala, a mulher cai] Você falou sim! Já lhe disse que não quero ninguém me culpando aqui, por que você não sai em busca de um trabalho também?

[a mulher corre para o banheiro e ele segue atrás gritando – no banheiro os alunos emitem sons de tapas e brigas e a mulher sai chorando, o marido também a acompanha ameaçando-a]

[imediatamente entram os filhos que voltavam da rua e socorrem a mãe]

Mariana: [desesperada] Mamãe! Mamãe! O que houve?

Pedro: [dirigindo-se ao pai] O que você fez com ela, seu bêbado?

[os filhos levam a mãe para a fora do cenário]


Pedro: vem mãe, vamos te ajudar!

José: [ainda furioso] Ah, seus ingratos, devia arrebentar a cara de todos vocês de uma vez! Eu vou é voltar pro bar... [sai de cena]

Narrador: É! Esses eram os outros problemas de Maria. A família sem valores. O sentimento de amor quase não existia, e ela constantemente era agredida física e verbalmente por seu marido. Mas no dia seguinte, Maria resolve pedir orientação.


Cena 3: Maria pede ajuda

[Maria entra em cena com Joana – amiga. Elas sentam e conversam].
Maria: [Demonstrando aflição] Então, Joana... Essa é minha situação! O que eu posso fazer para acabar com isso tudo?
Joana: Olha minha amiga, fique tranqüila, pra tudo há solução. Ouvi falar que já existe uma lei que prevê punições pra este tipo de violência.

Maria: A violência contra a mulher?

Joana: Exato! E é isso que você deve fazer. Vamos à delegacia ou a promotoria agora mesmo, procurar um oficial de justiça e saber direito o que você tem que fazer e quem sabe até fazer uma denúncia.

Maria: Sim, vamos! Eu preciso por um fim nisso e vai ser hoje.


[Saem de Cena]

Cena 4: Na delegacia

Narrador: Com a ajuda de Joana, Maria encontra uma alternativa pra situação que tornava a vida dela impossível de ser vivida. Elas então conversam com um policial militar que as informa sobre a Lei nº 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha.

[As amigas dirigem-se ao oficial]

Joana: Bom dia, Senhor! Trouxe minha amiga pra conversar com o Senhor.

Policial: Pois não, senhoras. Sentem-se! Sobre o que querem conversar?

Maria: Na verdade moço, eu quero fazer uma denúncia por que meu marido é violento e me bate quando está alcoolizado, ou mesmo com raiva.

Policial: Bom, isso é grave. Existe uma lei chamada Maria da Penha. Vou ler sobre o que ela prevê para quem comete esse tipo de infração.

Joana: Sim, senhor, pode ler. Estamos atentas.

[O Policial lê o que dispõe a lei,de forma resumida]

“A lei Maria da Penha cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. São formas de violência contra a mulher: Violência física, violência psicológica, violência sexual, violência patrimonial e violência moral.

Policial: Então senhora, a senhora quer fazer a denúncia?

[Maria olha apreensiva para Joana, que lhe acena “Sim” com a cabeça e segurando as mãos da amiga]

Maria: [Olhando para o oficial] Sim, senhor! Eu quero e vou fazer a denúncia. Isso tem que acabar hoje mesmo! Não posso mais viver assim.

Policial: Fique tranqüila, providenciarei tudo...

[O policial fica de pé e se despede delas com um aperto de mão]


[saem de cena]

Cena 5: Apreensão do marido

[Policial chega em casa com intimação – bate na porta]

Pedro [atende]: Sim,senhor?

Policial: Seu pai está, menino?

Pedro: Está sim, vou chama-lo... [o menino vai ate o pai e avisa da visita]

Pedro: Pai, é pra você!

José: Mas que diabos! Quem será essa hora? [caminha ate a porta]

Policial: Senhor José?

José: sim, sou eu!

Policial: Tenho aqui uma denuncia contra o senhor, o senhor precisa ir na delegacia.

José: denúncia de quê?

Policial: de agressão física à sua mulher.

José: [resmungando] Mas a Maria já foi fofocar. Eu devia ter arrebentado a cara daquela mulher!

Policial: vá com calma meu amigo, assim terei que prende-lo!

José: [ainda com raiva] Ah! Vá se danar seu policial! Você deve ter é um caso com essa mulher...

Policial: Isso é desacato à autoridade, senhor. O senhor está preso!


[Maria acompanha toda a cena e abraça os filhos.]

Mariana: Mamãe o que ta acontecendo?

Maria: Calma, minha filha, tudo vai ficar bem.

[O policial sai com o meliante]

Pedro: mamãe o papai vai ficar preso?

Maria: Talvez tenha que ficar, mas tentaremos recupera-lo. Vamos nos unir e pensar na melhor forma de fazer isso. Vocês me ajudam?

Mariana: Claro, mãe. A gente vai te ajudar sempre em tudo.

Pedro: Isso mesmo! Em tudo!


[os filhos abraçam a mãe]

Mariana: [com alegria e entusiasmo] Vamos mãe, vamos começar uma nova vida!

Maria: [Também feliz] Ah filhos! Eu amo vocês!

Pedro: Também te amamos muito, mãe!


[Saem de Cena]

Narrador: A vida de Maria mudou, mas só mudou porque ela tomou uma atitude. Quantas Marias conhecemos? Quantas sofrem agressões em casa? Quantas estão aqui hoje? É hora de tomar atitude e viver mais feliz!

Todos entram de mãos dadas e despedem-se saudado o público.


[Fim]


Mônica Bacelar












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