É difícil acreditar que aquele que deveria amá-la é o mesmo que agride.
JUSTIFICATIVA
Mulheres de todas as idades, etnias e classes sociais sofrem a violência doméstica, ocasionando graves conseqüências sociais e emocionais. A violência é uma maneira de expressão de poder exercido pelo violentador para mantê-la acuada e dominada.
Acreditando que a informação, o conhecimento de causa ,é um meio de tornar a mulher livre para buscar igualdade em todos os espaços sociais e torná-las, principalmente, livres de toda violência, viabilizamos esse Seminário.
OBJETIVOS:
- Informar às mães CROM sobre a Lei Maria da Penha, nº 11.340/06
- Conscientizar as mulheres/mães para que elas não se submetam a discriminação, agressões e violência, tanto de caraterfísico, patrimonial, psicologico e, principalmente, sexual;
PROGRAMAÇÃO
*Abertura (18h): Raquel Oliveira- aluna da 7ª série e Fabiana Silva – Diretora da Unidade Escolar
*Peça Teatral (18h e 20 min): Marias, encenada por alunos de 5ª a 8ª séries
Direção da peça: Mônica Bacelar e Daisy Soares
*Palestra (18h e 40 min): Lei Maria da Penha, nº 11.340/06
Profª Hilda Requião, Presidente do Conselho Municipal da Mulher -Miguel Calmon
*Exposição Artística dos alunos do CROM
*Lanche
Durante todo o evento haverá sorteios de brindes para as mães.
PÚBLICO ALVO
Mães, pais, responsáveis e demais interessados.
LOCAL
Pátio do Colégio Ronan Oliveira Mota.
Enredo: Mulher chamada Maria, mãe de 2 filhos sofre agressões físicas de seu marido. Ela procura ajuda com uma amiga e consegue resolver o problema.
Direção: Daisy e Mônica
Elenco:
Narrador: Vânessa
Maria: Raquel
José [esposo]: Matatias
Mariana [filha]: Sabrina
Pedro [filho]: Edézio
Joana [amiga]: Joana Cássia
Policial: Gilmar
Cena 1: Mãe arrumando a mesa para o jantar
Narrador: Maria era uma mulher simples, que vivia no interior. Dona de casa, era casada e tinha dois filhos. O marido pouco ficava
Maria: Filhos! Venham jantar! Está pronto!
[os filhos entram em cena]
Pedro: Mãe, o que tem pra comer hoje? Eu não gosto dessa comida.
Maria: Não reclame, Pedro. Você sabe que seu pai ainda não conseguiu emprego e o que ganho costurando quase não dá pra manter essa casa...
Mariana: E por falar no papai, cadê ele?
Pedro: Deve ta enchendo a cara em algum bar!
Maria: Pedro, não fale assim do seu pai, você sabe que ele chega irritado, comam que eu vou esperar por ele.
[Os filhos comem, pouco depois...]
Maria: O pai de vocês está demorando. Dêem uma saída e procurem ele aqui nas redondezas, estou preocupada.
Filhos: Está bem!
Cena 2: Marido chega em casa
José: [gritando com a mulher – fala embolada] Mulher! Cadê minha comida?
Maria: [Aparentando medo] Calma, querido, já esta pronto! Aqui, pode comer...
[Serve o marido e continua]
José: Só tem essa comida?
Maria: Sim, querido. A situação continua difícil, você ainda não conseguiu nada.
José: [Levantando-se alterado] Você está colocando a culpa em mim? Você acha que eu não faço nada não é?
Maria: [Segurando as mãos dele] Calma! Eu não disse isso.
José: [empurra a mulher enquanto fala, a mulher cai] Você falou sim! Já lhe disse que não quero ninguém me culpando aqui, por que você não sai em busca de um trabalho também?
[a mulher corre para o banheiro e ele segue atrás gritando – no banheiro os alunos emitem sons de tapas e brigas e a mulher sai chorando, o marido também a acompanha ameaçando-a]
[imediatamente entram os filhos que voltavam da rua e socorrem a mãe]
Mariana: [desesperada] Mamãe! Mamãe! O que houve?
Pedro: [dirigindo-se ao pai] O que você fez com ela, seu bêbado?
[os filhos levam a mãe para a fora do cenário]
Pedro: vem mãe, vamos te ajudar!
José: [ainda furioso] Ah, seus ingratos, devia arrebentar a cara de todos vocês de uma vez! Eu vou é voltar pro bar... [sai de cena]
Narrador: É! Esses eram os outros problemas de Maria. A família sem valores. O sentimento de amor quase não existia, e ela constantemente era agredida física e verbalmente por seu marido. Mas no dia seguinte, Maria resolve pedir orientação.
Cena 3: Maria pede ajuda
[Maria entra em cena com Joana – amiga. Elas sentam e conversam].
Maria: [Demonstrando aflição] Então, Joana... Essa é minha situação! O que eu posso fazer para acabar com isso tudo?
Joana: Olha minha amiga, fique tranqüila, pra tudo há solução. Ouvi falar que já existe uma lei que prevê punições pra este tipo de violência.
Maria: A violência contra a mulher?
Joana: Exato! E é isso que você deve fazer. Vamos à delegacia ou a promotoria agora mesmo, procurar um oficial de justiça e saber direito o que você tem que fazer e quem sabe até fazer uma denúncia.
Maria: Sim, vamos! Eu preciso por um fim nisso e vai ser hoje.
[Saem de Cena]
Cena 4: Na delegacia
Narrador: Com a ajuda de Joana, Maria encontra uma alternativa pra situação que tornava a vida dela impossível de ser vivida. Elas então conversam com um policial militar que as informa sobre a Lei nº 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha.
[As amigas dirigem-se ao oficial]
Joana: Bom dia, Senhor! Trouxe minha amiga pra conversar com o Senhor.
Policial: Pois não, senhoras. Sentem-se! Sobre o que querem conversar?
Maria: Na verdade moço, eu quero fazer uma denúncia por que meu marido é violento e me bate quando está alcoolizado, ou mesmo com raiva.
Joana: Sim, senhor, pode ler. Estamos atentas.
[O Policial lê o que dispõe a lei,de forma resumida]
“A lei Maria da Penha cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. São formas de violência contra a mulher: Violência física, violência psicológica, violência sexual, violência patrimonial e violência moral.
Policial: Então senhora, a senhora quer fazer a denúncia?
[Maria olha apreensiva para Joana, que lhe acena “Sim” com a cabeça e segurando as mãos da amiga]
Maria: [Olhando para o oficial] Sim, senhor! Eu quero e vou fazer a denúncia. Isso tem que acabar hoje mesmo! Não posso mais viver assim.
[O policial fica de pé e se despede delas com um aperto de mão]
[saem de cena]
Cena 5: Apreensão do marido
[Policial chega em casa com intimação – bate na porta]
Pedro [atende]: Sim,senhor?
Policial: Seu pai está, menino?
Pedro: Está sim, vou chama-lo... [o menino vai ate o pai e avisa da visita]
Pedro: Pai, é pra você!
José: Mas que diabos! Quem será essa hora? [caminha ate a porta]
Policial: Senhor José?
José: sim, sou eu!
Policial: Tenho aqui uma denuncia contra o senhor, o senhor precisa ir na delegacia.
José: denúncia de quê?
Policial: de agressão física à sua mulher.
José: [resmungando] Mas a Maria já foi fofocar. Eu devia ter arrebentado a cara daquela mulher!
Policial: vá com calma meu amigo, assim terei que prende-lo!
José: [ainda com raiva] Ah! Vá se danar seu policial! Você deve ter é um caso com essa mulher...
Policial: Isso é desacato à autoridade, senhor. O senhor está preso!
[Maria acompanha toda a cena e abraça os filhos.]
Mariana: Mamãe o que ta acontecendo?
Maria: Calma, minha filha, tudo vai ficar bem.
[O policial sai com o meliante]
Pedro: mamãe o papai vai ficar preso?
Maria: Talvez tenha que ficar, mas tentaremos recupera-lo. Vamos nos unir e pensar na melhor forma de fazer isso. Vocês me ajudam?
Mariana: Claro, mãe. A gente vai te ajudar sempre em tudo.
Pedro: Isso mesmo! Em tudo!
[os filhos abraçam a mãe]
Mariana: [com alegria e entusiasmo] Vamos mãe, vamos começar uma nova vida!
Maria: [Também feliz] Ah filhos! Eu amo vocês!
Pedro: Também te amamos muito, mãe!
[Saem de Cena]
Narrador: A vida de Maria mudou, mas só mudou porque ela tomou uma atitude. Quantas Marias conhecemos? Quantas sofrem agressões em casa? Quantas estão aqui hoje? É hora de tomar atitude e viver mais feliz!
Todos entram de mãos dadas e despedem-se saudado o público.
[Fim]
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